Por que te empolgas
Nesse buraco te afogas?
Acorda!
As mulheres são ratas
É por isso que somos gatos
de costas enrugam-se,
roem-nos
e de frente raios de dentes
pétalas de rosas
palavras lindas
lençóis da nossa alma
- Amor, te amo!
Puro engano!
Por que te elevas
Se nem o chão te merece?
Pensa!
Se fosse carro não teria travões
Se fosse estrada
Estaria cheia de covas
Rede de pesca, fim de Chicuque
Se fosse sapato, não teria atrito
Se fosse chapa
Mangueme negava ser cobrador
O mecânico diria: compra outro
Por que te exaltas
Se nem para adubo serve
Saia dessa
enquanto o sol sorri!
Vidal Vicente Come
01/09/2009
Tchova
Sou tchova. Tchova-me lá
Sou tua, tchova-me com jeito
Sou tchova quero-te transportar no prazer
Quando não me tchovas não me alegro
Tchova-me com jeito a estrada não está boa
Senão me partes a mola, cuida desta cova
Sou tua, sou teu tchova
Se não me levas à …, não me alegro
Se cansar de tchovar nesta cidade
Durma em mim,
Faça tudo o que quiser em mim
Se acordares e pegares no teu volante
Na moleza de ferro, meta na estrada
Passeia pelo dumbanengue, Chambone,
Nesse vaivém em minha, nossa estrada
Castigue-me de tchovar
Não pára, adoro o teu volante,
Meu companheiro.
Vidal Vicente
Sou tua, tchova-me com jeito
Sou tchova quero-te transportar no prazer
Quando não me tchovas não me alegro
Tchova-me com jeito a estrada não está boa
Senão me partes a mola, cuida desta cova
Sou tua, sou teu tchova
Se não me levas à …, não me alegro
Se cansar de tchovar nesta cidade
Durma em mim,
Faça tudo o que quiser em mim
Se acordares e pegares no teu volante
Na moleza de ferro, meta na estrada
Passeia pelo dumbanengue, Chambone,
Nesse vaivém em minha, nossa estrada
Castigue-me de tchovar
Não pára, adoro o teu volante,
Meu companheiro.
Vidal Vicente
Malala
Ao Adérito Magumane
Malala infana wa DuananeU cigula gumaso u cihonetela
O peito pesa-me
A garganta atiça, não consigo cuspir
Só tenho vontade de me despir
Para que o mundo chame-me de louco
Até porque já o sou
Que homem sou, se não posso falar?
Que homem sou, se não posso cuspir?
Vivo num sítio
Num hospício
Onde a mente anda acorrentada
A boca cadeada
Até o menino encravado, nada pode fazer
Se o que quero não posso dizer
No malala
Nicthi gula ngu maso nicihonetela
Ditiko da changa
Coisas lindas escasseiam
Homens andam carregados de estranhos na alma
Trocaram Cristo pelo eu
Queimaram a Bíblia nas mãos do Padre
Aos domingos carregam cruzes na face
Deitam lágrimas hipócritas
Sorrisos de prostitutas
Almas cheias de veneno
Recebem o corpo e o sangue de Cristo
Na saída da porta da igreja, vestem os fatos da imundice
Mudam de rosto aos punhos da imundice
Talemela. Natilava kumalala
Kanitikote
Uns enrolam a suruma em evangelho
Ainda dizem que hoje, é em São João,
Ontem, foi em São Mateus
Amanhã, será em São Paulo,
Até porque este foi nosso…
Na igreja para ser acólito vai-se ao curandeiro
Domar primeiro o catequista, o padre/ o pastor
E saltar para o altar com cara de santo
E subir…
No serviço não se fala…
A cadeira virou caldeirão
Os burros mandam
E os cabeças murmurram para as paredes
(...)
Malala infana wa Duanane
31/08/2009
Vidal Vicente Come
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