Patrão,
Quanto vale um saco cheio de promessas,
Um silêncio sem razão,
Algemas na mente
O silêncio na augusta lágrima da gente?
Patrão!
Quanto vale a minha escova no seu sapato?
Mesmo sobre o âmago das minhas silenciosas feridas
Rejuvenescidas na felicidade da minha dor
Defeito dos seus enfeites
Mesmo sobre o tapete do meu estômago
Empanturrado pela fome de pão
Quanto vale, patrão?
Um tambor cheio de álcool para matar-o-bicho
Um saco de pão de pedras para o mata-bicho
Quanto vale, patrão?
A minha língua roçar a sua bota
Num stripts
Até entupir o meu esófago
Sem fôlego
Da sujeira dos seus males? Latrão!
Quanto pesa o seu saco desejo patrão,
Ao reboque da minha mente e cintura
Nesta nova (minha) facial pintura?
O silêncio da minha mente
A esperança do Sol da gente
O cheiro da nossa morte? Patrão!
- Nada vale! Em nada vale!
Inchar os músculos à escova
Enferidar a língua de lamber
Engrossar da saliva de desejo
Formatar a mente
Na esperança de ser Gente
Sapateiro sem sapato
Engraxador sem engraxe,
Em nada vale, patrão!
Vidal Vicente
09/10/09
20/11/2009
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